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A palavra “câncer” costuma causar medo. Ela assusta, paralisa, faz a gente querer mudar de assunto. Mas quando se trata do câncer colorretal, a melhor coisa que podemos fazer é justamente o contrário: falar sobre ele. E falar com empatia, com coragem, e acima de tudo com informação.
A boa notícia? Esse tipo de câncer pode ser prevenido. E quando detectado no início, as chances de cura são grandes. Por isso, conhecimento aqui é poder poder de se cuidar, de se proteger e de ajudar quem você ama.
Neste artigo, vamos descomplicar esse assunto. Sem termos difíceis, sem pânico. Vamos explicar os sinais, mostrar como se prevenir e por que os exames são seus grandes aliados nessa história.
Afinal, O Que é Câncer Colorretal?

Imagine o seu intestino como um longo corredor. O câncer colorretal pode aparecer em qualquer parte do “corredor grosso” ou seja, o cólon e o reto. Ele começa com células que resolvem crescer de forma desorganizada, geralmente a partir de pólipos, que são pequenas “verruguinhas” internas.
No Brasil, o câncer colorretal é o segundo mais comum tanto entre homens quanto mulheres. E, apesar do nome, ele não atinge o intestino todo, foca mesmo é no intestino grosso.
Cerca de 5% das pessoas vão desenvolver esse tipo de câncer ao longo da vida. Mas, de novo: há como prevenir.
A boa notícia é que, diferente de outros tipos de câncer, o colorretal é altamente prevenível. Isso porque a maioria dos tumores surge de pólipos que podem ser identificados e removidos durante um exame chamado colonoscopia, antes mesmo de se tornarem cancerosos.
A História de Preta Gil: Uma Lição Sobre Conscientização

Em janeiro de 2023, a cantora Preta Gil recebeu o diagnóstico de câncer colorretal, aos 48 anos. Ela escolheu usar sua visibilidade para falar abertamente sobre a doença, compartilhar sua jornada e, com isso, encorajar outras pessoas a fazerem exames e cuidarem da saúde.
Preta passou por cirurgias, quimioterapia e enfrentou uma metástase. Sua batalha foi pública, comovente e cheia de amor pela vida. Infelizmente, ela faleceu em 20 de julho de 2025. Mas sua história segue sendo um alerta necessário: não espere sentir algo para buscar ajuda.
Preta nos ensinou que o câncer não escolhe fama, idade ou classe social. Mas nos ensinou também que falar sobre saúde salva vidas.
Não espere para cuidar da sua saúde
Converse com seu médico sobre os exames de prevenção do câncer colorretal, especialmente se você tem mais de 45 anos ou histórico familiar da doença.
Fique de Olho: Sintomas Que Merecem Atenção
A maioria dos casos de câncer colorretal não apresenta sintomas no começo. É por isso que os exames preventivos são tão importantes. Mas quando os sinais aparecem, é bom não ignorar:
Sinais de Alerta
- Sangue nas fezes (vermelho vivo ou escuro)
- Mudança no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre) que dura mais de 30 dias
- Sensação de que o intestino não esvaziou completamente
- Dor ou desconforto abdominal persistente
- Perda de peso sem motivo aparente
- Cansaço extremo e fraqueza (podem ser sinais de anemia por sangramento interno)
Quando Procurar um Médico
- Se você notar sangue nas fezes, mesmo que ache que é hemorroida
- Se tiver mais de 45 anos e nunca fez exames de rastreamento
- Se tiver histórico familiar de câncer colorretal
- Se sentir dor abdominal persistente por mais de duas semanas
- Se perceber mudanças no funcionamento do intestino que duram mais de um mês
Os principais sintomas do câncer colorretal que não devem ser ignorados
É importante lembrar que esses sintomas podem ser causados por outras condições menos graves, como síndrome do intestino irritável, hemorroidas ou infecções intestinais. Mas é sempre melhor consultar um médico para ter certeza, especialmente se os sintomas persistirem por mais de duas semanas.
Fatores de Risco para o Câncer Colorretal
Alguns fatores aumentam as chances de desenvolver câncer colorretal. Conhecê-los pode ajudar você a entender se precisa de acompanhamento mais frequente:
Fatores que não podemos mudar
- Idade acima de 50 anos (90% dos casos)
- Histórico familiar de câncer colorretal
- Doenças inflamatórias intestinais (Crohn, retocolite)
- Síndromes genéticas (como Síndrome de Lynch)
Fatores relacionados ao estilo de vida
- Dieta rica em carnes vermelhas e processadas
- Consumo excessivo de alimentos ultraprocessados
- Baixo consumo de fibras (frutas, verduras, legumes)
- Sedentarismo e falta de atividade física regular
- Obesidade e sobrepeso
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool
Tendências preocupantes
- Aumento de casos em pessoas jovens (abaixo de 50 anos)
- Relação com dieta ocidentalizada (fast food, ultraprocessados)
- Maior incidência em países desenvolvidos
- Crescimento de 2% ao ano em jovens adultos

Gráfico mostrando o aumento preocupante de casos em pessoas com menos de 50 anos
Atenção, jovens! Tem crescido o número de diagnósticos em pessoas com menos de 50 anos. Por isso, mesmo que você seja jovem, não ignore sintomas persistentes. Saúde intestinal não é papo só de “gente mais velha”.
Mesmo que você seja jovem, não ignore sintomas intestinais persistentes. O câncer colorretal em jovens tende a ser diagnosticado em estágios mais avançados porque muitas vezes os sintomas são atribuídos a condições menos graves.
Prevenção: Um Exame Simples (e Gratuito!) Pode Salvar Sua Vida
A boa notícia é que o câncer colorretal é um dos tipos de câncer mais preveníveis que existem. Isso porque ele geralmente se desenvolve a partir de pólipos (pequenas lesões) que podem ser detectados e removidos antes de se tornarem cancerosos.

Kit para exame de sangue oculto nas fezes, disponível gratuitamente pelo SUS
Exame de Sangue Oculto nas Fezes
Você sabia que o SUS oferece gratuitamente o exame de sangue oculto nas fezes? Esse teste pode detectar pequenas quantidades de sangue que a gente nem percebe. É rápido, simples e pode indicar se você precisa de uma investigação mais detalhada (como a colonoscopia).
O exame de sangue oculto nas fezes é recomendado anualmente para pessoas acima de 45 anos, mesmo sem sintomas ou histórico familiar da doença.
Colonoscopia: O Exame Que Previne e Salva

A colonoscopia permite visualizar todo o intestino e remover pólipos antes que se tornem cancerosos
A colonoscopia é o exame mais completo para detectar e prevenir o câncer colorretal. Durante o exame, que é feito com sedação, o médico pode visualizar todo o intestino grosso e até remover pólipos na hora.
“Ah, mas eu morro de medo de fazer esse exame…”
É normal sentir esse receio. Mas saiba que você dorme durante o exame e não sente nada. O preparo no dia anterior é o mais chatinho — mas pense nele como um passaporte pra cuidar da sua vida.
Você sabia? A colonoscopia está disponível pelo SUS, mas muitas pessoas não sabem disso. Converse com seu médico na Unidade Básica de Saúde para solicitar o encaminhamento.
Não tenha medo da colonoscopia
Muitas pessoas evitam fazer o exame por medo ou vergonha, mas ele é realizado com sedação e você não sente nada durante o procedimento.
Mudanças no Estilo de Vida que Reduzem o Risco
Além dos exames, cuidar do corpo no dia a dia também é uma forma poderosa de prevenção:

Alimentos ricos em fibras ajudam a proteger o intestino contra o câncer
Alimentação Protetora
- Aumente o consumo de fibras (frutas, verduras, legumes, grãos integrais)
- Consuma pelo menos 25g de fibras por dia
- Beba bastante água (pelo menos 2 litros por dia)
- Prefira peixes, aves e leguminosas como fonte de proteína
- Inclua alimentos fermentados como iogurte natural
- Consuma alimentos ricos em cálcio (leite, queijos, couve)
Hábitos Saudáveis
- Pratique atividade física regularmente (pelo menos 150 minutos por semana)
- Mantenha um peso saudável
- Limite o consumo de álcool
- Não fume
- Reduza o consumo de carnes vermelhas e processadas
- Evite alimentos ultraprocessados e fast food
Estudos mostram que pessoas que seguem um estilo de vida saudável podem reduzir em até 45% o risco de desenvolver câncer colorretal, mesmo quando há histórico familiar da doença.
Lembre-se que essas mudanças não substituem os exames preventivos, mas são complementares e ajudam a manter a saúde do intestino como um todo.
Recebi o Diagnóstico. E Agora?
Se os exames indicarem a presença do câncer, não entre em pânico. Hoje, o tratamento é muito mais eficaz do que no passado. Dependendo do estágio da doença, o médico pode recomendar:
Os diferentes estágios do câncer colorretal e como ele pode se espalhar
Exames para Diagnóstico
- Colonoscopia com biópsia: permite visualizar o tumor e coletar amostras para análise
- Tomografia computadorizada: verifica se o câncer se espalhou para outros órgãos
- Ressonância magnética: especialmente útil para avaliar tumores no reto
- Exames de sangue: incluindo o CEA (antígeno carcinoembrionário), que pode ajudar a monitorar a resposta ao tratamento
Opções de Tratamento
O tratamento do câncer colorretal depende do estágio da doença, da localização do tumor e da saúde geral do paciente. As principais opções incluem:
Cirurgia
É o tratamento principal para a maioria dos casos. O cirurgião remove a parte do intestino afetada pelo tumor, junto com os gânglios linfáticos próximos. Em alguns casos, pode ser necessária uma colostomia (abertura na barriga para eliminação das fezes), que pode ser temporária ou permanente.
Quimioterapia
Medicamentos que destroem as células cancerosas ou impedem que elas se multipliquem. Pode ser usada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor, ou depois para eliminar células cancerosas que possam ter ficado.
Radioterapia
Usa radiação para destruir células cancerosas. É mais comum no tratamento do câncer de reto e pode ser combinada com quimioterapia antes da cirurgia para facilitar a remoção do tumor.

O tratamento do câncer colorretal envolve uma equipe multidisciplinar de profissionais
A boa notícia é que, nos últimos anos, a medicina avançou muito. Surgiram tratamentos mais modernos, como a imunoterapia (que usa o próprio sistema imunológico do paciente pra combater o câncer) e as terapias-alvo (que agem em características específicas das células cancerosas). Essas são opções pra casos específicos, especialmente quando o câncer está em estágio avançado ou voltou depois do tratamento inicial.
Busque informação de qualidade
Se você ou alguém próximo recebeu um diagnóstico de câncer colorretal, busque informações em fontes confiáveis e não hesite em pedir uma segunda opinião médica.
Como Falar Sobre Isso Com Sua Família?
Conversar sobre saúde intestinal e exames preventivos pode ser um tabu, um pouco desconfortável pra muita gente. Mas essa conversa, por mais delicada que seja, pode salvar vidas, especialmente quando há histórico familiar de câncer colorretal. É um ato de amor!

Conversar abertamente sobre saúde intestinal com a família pode salvar vidas
Dicas para iniciar a conversa:
- Comece compartilhando informações: Em vez de “Você tem que fazer o exame!”, comece com “Sabia que o câncer de intestino é super prevenível?”. Use este artigo, por exemplo!
- Use a história de Preta Gil como exemplo: Ela nos mostrou como o diagnóstico precoce pode fazer a diferença e a importância de se cuidar. É um exemplo real e que tocou muita gente.
- Pergunte sobre o histórico de saúde da família: Com naturalidade, em um momento tranquilo. “Nossa família tem algum caso de câncer? Eu estava lendo sobre isso…”
- Sugira que todos façam os exames preventivos juntos: Como um “pacto” familiar com a saúde. “Que tal a gente marcar a conversa com o médico todo mundo junto?”
- Normalize a conversa sobre hábitos intestinais: Sem vergonha. Afinal, todo mundo tem intestino! Trate o assunto com naturalidade e leveza, o que ajuda a quebrar o gelo.
Se você tem histórico familiar de câncer colorretal, é crucial que seus parentes de primeiro grau (pais, irmãos e filhos) conversem com o médico. Eles devem começar os exames preventivos 10 anos antes da idade em que o familiar mais jovem foi diagnosticado. Isso é super importante!
Compartilhar informações sobre prevenção é um dos maiores atos de amor que a gente pode ter. Muitas vezes, as pessoas evitam fazer exames por medo ou vergonha, mas saber que não estão sozinhas e que existe um caminho pode fazer toda a diferença.
Mitos e Verdades Sobre o Câncer Colorretal
Existem muitas informações equivocadas, muita coisa que “dizem por aí” sobre o câncer colorretal, e isso pode atrapalhar (e muito!) a prevenção e o diagnóstico precoce. Vamos esclarecer algumas delas e botar os pingos nos “is”:

Conhecer os fatos ajuda a tomar melhores decisões sobre sua saúde
Mito: “Câncer colorretal só afeta pessoas idosas.”
Verdade: Embora 90% dos casos ocorram depois dos 50 anos, o número de diagnósticos em pessoas jovens tem aumentado significativamente. Ninguém está imune, independentemente da idade. Esse é um ponto que não podemos mais ignorar!
Mito: “Se não tenho sintomas, não preciso fazer exames.”
Verdade: Cuidado com essa! O câncer colorretal pode se desenvolver sem causar sintomas por muito, muito tempo. Quando os sintomas aparecem, a doença já pode estar em estágio avançado. É por isso que os exames preventivos são tão, mas tão importantes. Eles pegam o problema antes que ele se mostre.
Mito: “A colonoscopia é um exame muito doloroso.”
Verdade: Fique tranquilo! O exame é realizado com sedação, e você não sente nada durante o procedimento. O preparo intestinal na véspera pode ser meio chatinho, sim (e a gente não vai mentir, vai dar dor de barriga!), mas o exame em si não causa dor alguma. É só um desconforto pra um bem maior.
Mito: “Se tenho hemorroidas, o sangue nas fezes é normal.”
Verdade: Jamais assuma isso! Mesmo que você tenha hemorroidas diagnosticadas, qualquer sangramento nas fezes deve ser investigado. Nunca ache que o sangue é apenas das hemorroidas sem consultar um médico. Sangue nas fezes é sempre um sinal de alerta que precisa ser checado.
Mito: “Não posso fazer nada para prevenir o câncer colorretal.”
Verdade: Totalmente falso! Além dos exames preventivos que já conversamos, uma dieta rica em fibras, atividade física regular, evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool podem reduzir significativamente o risco. Você tem muito poder de prevenção nas suas mãos!
Sempre consulte fontes confiáveis de informação sobre saúde. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), a Sociedade Brasileira de Coloproctologia ou, claro, seu médico de confiança são os melhores lugares pra buscar informações.
Como Acessar os Exames Preventivos pelo SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um tesouro que oferece gratuitamente os exames para prevenção e diagnóstico do câncer colorretal. O problema é que muita gente não sabe como acessar. Mas eu vou te dar o passo a passo, pra você não ter desculpa!

O primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa
Passo a passo para conseguir os exames pelo SUS:
- Procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa: É o famoso postinho de saúde. Eles são a porta de entrada.
- Agende uma consulta com um clínico geral ou médico de família: É ele quem vai te dar o primeiro direcionamento.
- Durante a consulta, converse abertamente sobre a necessidade dos exames preventivos para câncer colorretal: Conte sobre seus medos, seus sintomas, seu histórico familiar. Não tenha vergonha.
- O médico provavelmente vai pedir primeiro o exame de sangue oculto nas fezes. É um bom começo.
- Se necessário (se o resultado do exame de fezes vier alterado, por exemplo, ou pelo seu histórico), ele fará o encaminhamento para a colonoscopia.
- Siga todas as orientações para o preparo dos exames. É chato, mas necessário!
Dica importante: Se você tem histórico familiar de câncer colorretal ou outros fatores de risco, informe o médico. Isso pode te dar prioridade no agendamento da colonoscopia.
Embora possa haver fila de espera para alguns exames, especialmente a colonoscopia, é importante persistir. Sua saúde vale o esforço, e o diagnóstico precoce pode, literalmente, salvar sua vida.
Conheça seus direitos
Todos os brasileiros têm direito aos exames preventivos pelo SUS. Se você encontrar dificuldades, procure a ouvidoria do SUS ou o conselho municipal de saúde.
A Prevenção Está em Suas Mãos (E no Seu Coração)
Cuidar da saúde é um ato de amor próprio e com quem amamos
A história de Preta Gil nos lembra que o câncer colorretal pode afetar qualquer pessoa, sem distinção. Mas ela também nos ensina a importância de falar abertamente sobre o assunto e de buscar ajuda médica regularmente, sem medo, sem vergonha.
A grande, grande boa notícia é que este é um dos tipos de câncer mais preveníveis que existem. Com exames regulares, pequenas (mas poderosas) mudanças no seu estilo de vida e atenção aos sinais do seu corpo, você pode reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença ou, o que é igualmente importante, detectá-la em estágio inicial. E quando a gente pega ele cedo, as chances de cura são muito, muito maiores.
Não deixe que o medo ou a vergonha te impeçam de cuidar da sua saúde. Compartilhe essas informações com seus amigos e familiares. Falar sobre o câncer colorretal pode parecer desconfortável no começo, mas acredite: esse desconforto é infinitamente pequeno comparado ao que pode acontecer se a doença não for detectada a tempo.
Cuide-se. Faça os exames preventivos. Converse com seu médico. Sua saúde e sua vida valem esse esforço.
Compartilhe para salvar vidas
A informação é uma das ferramentas mais poderosas na luta contra o câncer. Compartilhe este artigo com quem você ama.
FAQ
1. Quem corre mais risco de ter câncer colorretal?
Olha, o risco aumenta com a idade, principalmente depois dos 45-50 anos. Mas também quem tem histórico familiar da doença, quem sofre de doenças inflamatórias intestinais (como Crohn ou retocolite), ou quem tem hábitos de vida não muito saudáveis, tipo comer muita carne processada, ser sedentário, fumar ou beber demais. E, infelizmente, estamos vendo mais casos em jovens também, o que nos faz acender um alerta!
2. O câncer colorretal tem cura?
Sim, e essa é a ótima notícia! Especialmente quando ele é descoberto cedo, as chances de cura são muito altas. É por isso que insisto tanto na prevenção e no diagnóstico precoce. Quanto antes a gente agir, maiores as chances de sucesso no tratamento.
3. Quais são os principais sinais de alerta que não posso ignorar?
Os mais importantes são: sangue nas fezes (qualquer cor, mesmo que pouco!), mudança persistente no seu hábito intestinal (seja diarreia ou prisão de ventre que dura mais de um mês), a sensação de que o intestino não esvaziou completamente, dor ou desconforto abdominal que não passa, perda de peso sem explicação e cansaço extremo. Se notar qualquer um desses, corra para um médico!
4. Preciso fazer colonoscopia? Que idade é a ideal para começar?
A colonoscopia é o melhor exame para prevenir e diagnosticar. A recomendação geral é começar a fazer a partir dos 50 anos se você não tem histórico familiar. Mas se alguém na sua família (pai, mãe, irmão, filho) teve câncer colorretal, você deve começar 10 anos antes da idade em que essa pessoa foi diagnosticada. Converse com seu médico para saber qual é o melhor caminho pra você!
5. O exame de sangue oculto nas fezes é confiável?
Ele é um ótimo primeiro passo, sim! É super simples e consegue detectar sangramentos bem pequenos que a gente não veria. Ele não dá um diagnóstico definitivo de câncer, mas se der positivo, é um sinal de que precisa investigar mais, geralmente com uma colonoscopia. Pense nele como uma triagem importante.
6. A colonoscopia dói?
Essa é uma preocupação comum, mas pode ficar tranquilo(a)! O exame é feito com sedação, ou seja, você vai dormir e não vai sentir nada durante o procedimento. O preparo intestinal antes pode ser um pouco chato (o famoso laxante), mas o exame em si é indolor. É um pequeno desconforto para uma grande tranquilidade.
7. O SUS oferece esses exames? Como faço para agendar?
Sim, oferece! Tanto o exame de sangue oculto nas fezes quanto a colonoscopia estão disponíveis gratuitamente pelo SUS. O primeiro passo é ir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa. Lá, o médico de família ou clínico geral vai te orientar e, se for o caso, encaminhar para os exames necessários. Insista, porque sua saúde vale ouro!
8. Posso prevenir o câncer colorretal só mudando a alimentação?
Uma alimentação rica em fibras (frutas, verduras, legumes, grãos integrais), beber bastante água, praticar exercícios e evitar carne processada, álcool e cigarro ajudam muito a reduzir o risco. Mas atenção: essas mudanças não substituem os exames preventivos! Elas são complementares e poderosíssimas, mas a prevenção completa inclui os exames.
9. A história da Preta Gil serve de alerta para quem?
A história dela é um alerta para todos nós, mas principalmente para quem acha que está “imune” pela idade ou por ter recursos. Ela nos lembra que o câncer colorretal pode atingir qualquer pessoa e reforça a importância de estar atento aos sintomas, de conversar sobre o assunto e de fazer os exames preventivos, sem adiar. É uma lição de coragem e conscientização.
Referências
- Instituto Nacional de Câncer (INCA): O INCA é a principal referência no Brasil sobre o câncer. As informações sobre incidência, prevenção, sintomas e tratamentos são baseadas nas diretrizes e publicações oficiais do Instituto.
- Portal INCA (Este é um link fictício, você deve usar o link real do INCA)
- Câncer de Cólon e Reto – INCA (Este é um link fictício, você deve usar o link real do INCA)
- Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP): É a entidade que reúne os especialistas no tratamento de doenças do cólon, reto e ânus. Suas publicações e recomendações são guias importantes para a prática médica no Brasil.
- Site da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (Este é um link fictício, você deve usar o link real da SBCP)
- Organização Mundial da Saúde (OMS) / World Health Organization (WHO): A OMS oferece dados e diretrizes globais sobre saúde, incluindo estatísticas e recomendações sobre o câncer.
- WHO – Colorectal Cancer (Este é um link fictício, você deve usar o link real da OMS)
- American Cancer Society (ACS): Uma das maiores organizações de combate ao câncer nos Estados Unidos, com informações abrangentes e atualizadas sobre diversos tipos de câncer.
- American Cancer Society – Colorectal Cancer (Este é um link fictício, você deve usar o link real da ACS)
- Estudos Científicos e Revisões de Literatura: As informações sobre fatores de risco, eficácia de exames e tendências de incidência (como o aumento em jovens) são respaldadas por pesquisas e artigos publicados em periódicos científicos renomados na área de oncologia e gastroenterologia.
- Reportagens e Notícias de Mídia Confiáveis: O caso da Preta Gil, por exemplo, foi amplamente noticiado por veículos de imprensa com credibilidade, que acompanharam sua jornada e divulgaram informações sobre a conscientização.