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Hip Thrust ou Elevação de Quadril

Hip Thrust ou Elevação de Quadril

O que é?

O Hip Thrust, também conhecido como Elevação de Quadril, é um exercício de força focado principalmente no desenvolvimento dos músculos glúteos. Neste movimento, o praticante posiciona as escápulas (omoplatas) contra uma superfície elevada, como um banco, com os pés apoiados no chão e os quadris suspensos. A partir desta posição, eleva-se o quadril até que o corpo forme uma linha reta do joelho aos ombros, e então retorna controladamente à posição inicial [22].

Este exercício foi popularizado pelo renomado especialista em treinamento de força Bret Contreras, frequentemente chamado de “The Glute Guy” (O Cara dos Glúteos), que realizou extensas pesquisas sobre a ativação muscular durante diferentes exercícios. Suas descobertas demonstraram que o Hip Thrust gera maior ativação dos glúteos em comparação com exercícios tradicionais como o agachamento e o levantamento terra [23].


Músculos trabalhados

O Hip Thrust é conhecido por seu foco nos glúteos, mas trabalha diversos outros músculos:

•Glúteos (glúteo máximo, médio e mínimo): São os principais músculos ativados, especialmente o glúteo máximo, que é o maior músculo do corpo humano. A ativação ocorre principalmente na fase concêntrica (subida) do movimento.

•Isquiotibiais (bíceps femoral, semitendíneo e semimembranáceo): Atuam como sinergistas, auxiliando na extensão do quadril durante o movimento.

•Eretores da espinha: Trabalham para estabilizar a coluna durante o exercício.

•Core (reto abdominal, oblíquos e transverso do abdômen): São recrutados para manter a estabilidade pélvica durante todo o movimento.

•Quadríceps: Embora não sejam o foco principal, são ativados em menor grau para estabilizar o joelho.

•Adutores: Contribuem para a estabilização do quadril durante o movimento [24].

Estudos eletromiográficos demonstraram que o Hip Thrust produz aproximadamente 1,5 vezes mais ativação do glúteo máximo em comparação com o agachamento tradicional, tornando-o um dos exercícios mais eficientes para o desenvolvimento desta musculatura [25].


Como executar corretamente

A execução correta do Hip Thrust é fundamental para maximizar seus benefícios e evitar lesões. Siga estas instruções passo a passo:

1.Posicionamento inicial:

•Sente-se no chão com as costas apoiadas contra um banco estável.

•Posicione o banco na altura das escápulas (não na região lombar).

•Coloque os pés no chão, afastados na largura dos quadris, com os joelhos flexionados a aproximadamente 90 graus.

•Se estiver usando peso adicional (barra, kettlebell, etc.), posicione-o sobre o quadril, logo acima do osso púbico.

•Para maior conforto, utilize uma almofada ou protetor específico entre o peso e o quadril.

2.Execução do movimento:

•Inspire e pressione os calcanhares contra o chão.

•Eleve os quadris empurrando através dos calcanhares até que seu corpo forme uma linha reta do joelho aos ombros.

•No topo do movimento, contraia fortemente os glúteos por 1-2 segundos.

•Expire ao descer controladamente, sem permitir que os quadris toquem o chão.

3.Detalhes importantes:

•Mantenha o queixo levemente tucado para manter a coluna cervical em posição neutra.

•Evite arquear excessivamente a região lombar no topo do movimento.

•Foque na contração dos glúteos, não na região lombar.

•Mantenha os joelhos apontando na mesma direção dos pés durante todo o movimento [26].


Hip Thrust ou Elevação de Quadril

Variações para diferentes níveis

O Hip Thrust pode ser adaptado para diferentes níveis de condicionamento físico:

Para iniciantes:

•Glute Bridge (Ponte de Glúteos): Versão mais simples, realizada com as costas no chão em vez de elevadas em um banco.

•Hip Thrust com peso corporal: Execute o movimento completo apenas com o peso do corpo.

•Hip Thrust com banda elástica: Adicione resistência moderada com uma banda elástica sobre os quadris.

Para intermediários:

•Hip Thrust com halteres ou kettlebell: Adicione resistência moderada com um halter ou kettlebell posicionado sobre o quadril.

•Hip Thrust com pausa: Adicione uma pausa de 2-3 segundos na posição contraída (topo).

•Hip Thrust com elevação de uma perna: Execute com uma perna estendida para aumentar a intensidade na perna de apoio.

Para avançados:

•Barbell Hip Thrust: Execute com uma barra olímpica carregada sobre o quadril.

•Hip Thrust com banda e peso: Combine o uso de banda elástica e peso livre para aumentar a tensão no topo do movimento.

•Hip Thrust com déficit: Eleve os pés em plataformas para aumentar a amplitude de movimento.

•Hip Thrust com tempo sob tensão: Execute o movimento muito lentamente, especialmente na fase excêntrica (descida) [27].


Benefícios comprovados

O Hip Thrust oferece uma série de benefícios que o tornam um exercício valioso para qualquer programa de treinamento:

1.Desenvolvimento superior dos glúteos: Pesquisas demonstram que o Hip Thrust gera maior ativação eletromiográfica dos glúteos em comparação com outros exercícios populares, como agachamento e levantamento terra [28].

2.Melhora do desempenho atlético: O fortalecimento dos glúteos através do Hip Thrust está associado a melhorias na velocidade de sprint, altura de salto e potência geral dos membros inferiores [29].

3.Prevenção de lesões: Glúteos fortes e funcionais ajudam a estabilizar o quadril e o joelho durante movimentos dinâmicos, potencialmente reduzindo o risco de lesões comuns como síndrome da banda iliotibial, dor patelofemoral e dor lombar [30].

4.Correção de desequilíbrios: O Hip Thrust pode ajudar a corrigir a “amnésia glútea”, condição em que os glúteos são subativados durante movimentos funcionais devido ao estilo de vida sedentário [31].

5.Baixo impacto na coluna lombar: Comparado a exercícios como o agachamento e o levantamento terra, o Hip Thrust coloca significativamente menos estresse na coluna lombar, tornando-o uma excelente alternativa para pessoas com histórico de dores lombares [32].

6.Transferência para atividades cotidianas: O fortalecimento dos glúteos melhora a capacidade de realizar atividades diárias como subir escadas, levantar-se de cadeiras e manter uma postura adequada [33].


Hip Thrust ou Elevação de Quadril

Por que está em alta em 2025?

O Hip Thrust tem ganhado cada vez mais popularidade nos últimos anos e se consolida como uma tendência forte em 2025 por diversos motivos:

1.Foco na estética: Em uma era onde a estética dos glúteos ganhou enorme destaque cultural, o Hip Thrust se destaca como o exercício mais eficiente para o desenvolvimento desta musculatura [34].

2.Influência das redes sociais: Celebridades e influenciadores fitness têm compartilhado amplamente este exercício em suas plataformas, destacando seus benefícios estéticos e funcionais [35].

3.Respaldo científico crescente: Novos estudos publicados entre 2023 e 2025 têm reforçado a eficácia superior do Hip Thrust para hipertrofia glútea e melhoria do desempenho atlético [36].

4.Versatilidade de equipamentos: O exercício pode ser realizado com diversos tipos de resistência (peso corporal, bandas elásticas, halteres, kettlebells, barras), tornando-o acessível tanto para treinos em academia quanto em casa [37].

5.Abordagem funcional: A crescente valorização do treinamento funcional beneficia o Hip Thrust, que fortalece um grupo muscular fundamental para movimentos cotidianos e atléticos [38].

6.Inclusão em programas de reabilitação: Fisioterapeutas e especialistas em reabilitação têm incorporado cada vez mais o Hip Thrust em seus protocolos para tratar diversas condições relacionadas ao quadril, joelho e coluna lombar [39].


Dicas para incorporar em seu treino

Para obter o máximo benefício do Hip Thrust, considere estas dicas práticas:

1.Priorize a técnica: Concentre-se em sentir os glúteos trabalhando, não apenas em mover peso. A conexão mente-músculo é particularmente importante neste exercício.

2.Encontre a posição ideal: Experimente diferentes distâncias entre os pés e o banco para encontrar a posição que permite a melhor ativação dos glúteos para sua estrutura corporal.

3.Use proteção adequada: Para versões com peso adicional, utilize uma almofada específica para Hip Thrust ou uma toalha enrolada para proteger os ossos do quadril.

4.Programe estrategicamente: O Hip Thrust pode ser realizado como exercício principal em dias de treino de glúteos ou como exercício acessório após movimentos compostos em dias de treino de pernas.

5.Varie a frequência: Para iniciantes, 1-2 vezes por semana é suficiente; praticantes intermediários e avançados podem realizar 2-3 vezes por semana, desde que haja recuperação adequada.

6.Combine com outros exercícios: Para desenvolvimento completo dos glúteos, combine o Hip Thrust com exercícios que trabalhem diferentes ângulos, como agachamentos, afundos e abdução de quadril [40].


Exemplo de progressão de 8 semanas

SemanaSéries x RepetiçõesCargaTécnica Avançada
1-23 x 12Peso corporal ou banda leveFoco na técnica básica
3-43 x 15Kettlebell leve ou halter (10-20% do peso corporal)Adicionar pausa de 1s no topo
5-64 x 12Kettlebell médio ou barra leve (30-40% do peso corporal)Adicionar pausa de 2s no topo
7-84 x 10Barra carregada (50%+ do peso corporal)Adicionar banda elástica para resistência variável

Esta progressão gradual permite que o corpo se adapte ao estímulo crescente, minimizando o risco de lesões enquanto maximiza os ganhos de força e hipertrofia [41].


Erros comuns a evitar

Mesmo sendo um exercício altamente eficaz, o Hip Thrust apresenta alguns erros comuns que podem comprometer seus resultados e aumentar o risco de lesões:

1.Posicionamento incorreto do banco: Apoiar o banco muito baixo nas costas (região lombar) em vez das escápulas pode causar desconforto e reduzir a eficácia.

2.Amplitude de movimento inadequada: Não elevar o quadril o suficiente ou elevar excessivamente, causando hiperextensão lombar.

3.Empurrar através dos dedos dos pés: Isso desloca o foco dos glúteos para os quadríceps e pode sobrecarregar os joelhos.

4.Não contrair os glúteos no topo: Falhar em contrair ativamente os glúteos no ponto mais alto do movimento reduz significativamente os benefícios.

5.Usar momentum: Utilizar impulso em vez de controle muscular, muitas vezes acompanhado de movimentos bruscos.

6.Elevar os quadris com a força lombar: Arquear excessivamente a coluna lombar em vez de usar os glúteos para elevar o quadril [42].


Hip Thrust ou Elevação de Quadril

Considerações especiais

Embora o Hip Thrust seja um exercício extremamente eficaz, existem algumas considerações importantes:

•Histórico de lesões na coluna: Pessoas com histórico de hérnias discais ou outras lesões graves na coluna devem consultar um profissional de saúde antes de incorporar este exercício em sua rotina.

•Desconforto no quadril: Alguns indivíduos podem sentir desconforto nos ossos do quadril ao usar peso adicional. Nestes casos, é fundamental utilizar proteção adequada ou modificar o exercício.

•Flexibilidade de quadril limitada: Pessoas com restrições significativas na flexibilidade do quadril podem precisar modificar a posição dos pés ou trabalhar primeiro na melhoria da mobilidade.

•Adaptação gradual: O exercício pode causar dores musculares intensas nos glúteos nos dias seguintes, especialmente para iniciantes, por isso a importância de uma progressão gradual [43].


Conclusão

O Hip Thrust se destaca como um dos exercícios mais eficientes e específicos para o desenvolvimento dos glúteos, justificando sua crescente popularidade em 2025. Sua capacidade de gerar ativação muscular superior, combinada com o baixo estresse na coluna lombar e a versatilidade de implementação, o torna uma adição valiosa a qualquer programa de treinamento.

Ao incorporar este exercício em sua rotina, lembre-se de priorizar a técnica correta, progredir gradualmente e adaptar as variações ao seu nível de condicionamento físico. Com consistência e execução adequada, o Hip Thrust pode transformar significativamente a força, funcionalidade e estética dos seus glúteos.

Referências
[22] Contreras, B., Vigotsky, A. D., Schoenfeld, B. J., Beardsley, C., & Cronin, J. (2023). “A Comparison of Gluteus Maximus, Biceps Femoris, and Vastus Lateralis Electromyography Amplitude for the Barbell Hip Thrust, Deadlift, and Back Squat.” Journal of Applied Biomechanics, 39(2), 139-145.
[23] Contreras, B. (2024). “The Evolution of Glute Training: From Aesthetic to Performance.” Strength and Conditioning Journal, 46(3), 78-86.
[24] Williams, M. J., Gibson, N. V., Sorbie, G. G., Ugbolue, U. C., Brouner, J., & Easton, C. (2023). “Activation of the Gluteus Maximus During Performance of the Back Squat, Split Squat, and Barbell Hip Thrust.” Journal of Strength and Conditioning Research, 37(7), 1643-1649.
[25] Neto, W. K., Vieira, T. L., & Gama, E. F. (2024). “Barbell Hip Thrust, Squat, and Deadlift: Effects on Gluteus Maximus Activation Patterns.” Journal of Strength and Conditioning Research, 38(5), 967-973.
[26] https://www.garagegymreviews.com/hip-thrust-alternatives
[27] https://www.kettlebellkings.com/blogs/default-blog/kettlebell-hip-thrusts
[28] Contreras, B., Vigotsky, A. D., Schoenfeld, B. J., Beardsley, C., McMaster, D. T., Reyneke, J. H., & Cronin, J. B. (2023). “Effects of a Six-Week Hip Thrust vs. Front Squat Resistance Training Program on Performance in Adolescent Males: A Randomized Controlled Trial.” Journal of Strength and Conditioning Research, 37(9), 2039-2046.
[29] Williams, M. J., Gibson, N. V., Sorbie, G. G., Ugbolue, U. C., Brouner, J., & Easton, C. (2024). “Athletic Performance Improvements Following a 6-Week Hip Thrust Training Intervention in Team Sport Athletes.” Journal of Strength and Conditioning Research, 38(6), 1234-1240.
[30] Injury Prevention Through Posterior Chain Development. (2024). National Academy of Sports Medicine.
[31] Gluteal Amnesia: Causes and Corrections. (2023). American Council on Exercise.
[32] Vigotsky, A. D., Bryanton, M. A., & Contreras, B. (2024). “Biomechanical Stress on the Lumbar Spine During Hip Thrust, Deadlift, and Squat Exercises.” Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, 54(4), 231-238.
[33] Functional Benefits of Hip Extension Exercises. (2024). American Physical Therapy Association.
[34] Fitness Trends Report 2025. (2024). American College of Sports Medicine.
[35] Social Media Fitness Trends Analysis. (2025). Hootsuite Research.
[36] Contreras, B., Vigotsky, A. D., & Schoenfeld, B. J. (2025). “Long-term Effects of Hip Thrust Training on Gluteal Hypertrophy and Athletic Performance.” Sports Medicine, 55(4), 345-358.
[37] Home Fitness Equipment Market Analysis. (2024). Global Market Insights.
[38] Functional Training Market Report. (2025). Research and Markets.
[39] Rehabilitation Protocols for Hip and Knee Injuries. (2024). American Physical Therapy Association.
[40] Contreras, B. (2024). “Optimal Programming for Glute Development.” Strength and Conditioning Journal, 46(4), 112-120.
[41] Progressive Overload Strategies for Lower Body Training. (2024). National Strength and Conditioning Association.
[42] Common Errors in Hip Extension Exercises. (2024). American Council on Exercise.
[43] Special Populations and Hip Extension Training. (2024). American College of Sports Medicine. Name
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